terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Mar.... e o Homem

Afinal, o semestre acabou, e as tão esperadas férias de “julho” estão batendo na porta. Depois de um semestre de leituras e textos, o que ficou de todo esse blablablá?
O ser humano tem o péssimo hábito de acreditar que está acima de tudo e de todos. É importante, porém, começarmos a observar o que há em nossa volta, e procurarmos conviver em harmonia com o meio. A Terra é chamada de Planeta Azul por um motivo, e a gigantesca quantidade de água que dá a cor do apelido tem uma participação na biota do mundo muito maior do se percebe.

(Imagem: "Revenge of the Sea")
A chamada “mentalidade marítima” de um povo é a compreensão da essencial dependência do mar para a sua sobrevivência histórica. Possuir tal mentalidade implica reconhecer a relevância dos oceanos, e, a partir daí, buscar o desenvolvimento de costumes, hábitos e atitudes com a intenção de utilizar, sempre de forma sustentável, as potencialidades do mar.
As civilizações Grega, Cretense e Fenícia correspondem ao mais antigo registro de interesse pelo mar e de percepção de sua importância (mentalidade marítima). Há mais de 3 mil anos esses povos desenvolveram técnicas e métodos surpreendentes de conquista e colonização, precisamente aproveitando as oportunidades que eram oferecidas pelo mar; e há séculos produtos naturais de origem marinha são utilizados com propósito medicinal e nutricional.
É evidente que o mar é uma das fontes mais diversificadas e promissoras para fabricação de produtos de diversos tipos, pois uma imensa variedade de compostos químicos é naturalmente criada por organismos marinhos. Esses compostos possuem caráter singular, uma vez considerado que as condições do ambiente marinho diferem em muito das do ambiente terrestre. Ademais, o hábito séssil característico de uma grande parte dos organismos direciona uma evolução que favoreça a produção de toxinas e substâncias utilizadas na defesa, na comunicação, e na reprodução dos seres.

Já é fato estabelecido que o desenvolvimento de uma mentalidade marítima em uma população é crucial para o seu desenvolvimento econômico, político e militar. A poluição de mais de 80% dos oceanos é de origem terrestre e antrópica, sendo o despejo de esgotos domésticos e de efluentes industriais uma pequena porção da interferência negativa que a ação humana causa aos mares, e danos ao ambiente marinho comprometem todos os seres vivos. Se ecologia e conservação não são razões suficientes para zelar e proteger ferrenhamente o mar, a enormidade de recursos que podem ser aproveitados pelo homem e os benefícios que o habitat em equilíbrio traz para o mesmo constituem motivos fortes o bastante para a atenção global ser voltada para a preservação marítima.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Crustáceos permitem regenerar pele



Cientistas chilenos desenvolveram, separadamente, novas técnicas de regeneração da pele ferida, a partir de crustáceos e células-mãe, com as quais será possível o tratamento de queimaduras e cicatrizes. Químicos da Universidade de Concepción encontraram nas carapaças dos crustáceos uma substância chamada quitina, que, depois de transformada em quitosano e com aditivos e plastificantes, converte-se no perfeito substituto da pele humana. «É usada (...) como suporte do crescimento que vai restaurando a mesma pele da pessoa sem deixar marcas», explicou o investigador Galo Cárdenas, salientando a compatibilidade da substância com o organismo humano. Além disso, a pele artificial é elástica, transparente e biodegradável, evitando a recuperação dolorosa. A invenção, que foi testada em 50 doentes, poderá ser vendida brevemente nas farmácias a 35 dólares (26,4 euros) por cada dez centímetros quadrados. Paralelamente, investigadores da Universidade de Valparaíso, juntamente com colegas das universidades de Playa Ancha e Federico Santa María, continuam a trabalhar para gerar pele a partir de células-mãe, uma metodologia que promete uma recuperação maior com menos rejeição por parte do paciente, já que se trata de células da mesma pessoa. De acordo com Manuel Young, director do Centro de Biotecnologia da Universidade Federico Santa María, as células mesenquimáticas, que se reproduzem rapidamente, são capazes de formar novos tecidos e permitem uma regeneração da pele de forma mais saudável e com menos cicatrizes.