Afinal, o semestre acabou, e as tão esperadas férias de “julho” estão batendo na porta. Depois de um semestre de leituras e textos, o que ficou de todo esse blablablá?
O ser humano tem o péssimo hábito de acreditar que está acima de tudo e de todos. É importante, porém, começarmos a observar o que há em nossa volta, e procurarmos conviver em harmonia com o meio. A Terra é chamada de Planeta Azul por um motivo, e a gigantesca quantidade de água que dá a cor do apelido tem uma participação na biota do mundo muito maior do se percebe.
(Imagem: "Revenge of the Sea")
A chamada “mentalidade marítima” de um povo é a compreensão da essencial dependência do mar para a sua sobrevivência histórica. Possuir tal mentalidade implica reconhecer a relevância dos oceanos, e, a partir daí, buscar o desenvolvimento de costumes, hábitos e atitudes com a intenção de utilizar, sempre de forma sustentável, as potencialidades do mar.
As civilizações Grega, Cretense e Fenícia correspondem ao mais antigo registro de interesse pelo mar e de percepção de sua importância (mentalidade marítima). Há mais de 3 mil anos esses povos desenvolveram técnicas e métodos surpreendentes de conquista e colonização, precisamente aproveitando as oportunidades que eram oferecidas pelo mar; e há séculos produtos naturais de origem marinha são utilizados com propósito medicinal e nutricional.
É evidente que o mar é uma das fontes mais diversificadas e promissoras para fabricação de produtos de diversos tipos, pois uma imensa variedade de compostos químicos é naturalmente criada por organismos marinhos. Esses compostos possuem caráter singular, uma vez considerado que as condições do ambiente marinho diferem em muito das do ambiente terrestre. Ademais, o hábito séssil característico de uma grande parte dos organismos direciona uma evolução que favoreça a produção de toxinas e substâncias utilizadas na defesa, na comunicação, e na reprodução dos seres.
Já é fato estabelecido que o desenvolvimento de uma mentalidade marítima em uma população é crucial para o seu desenvolvimento econômico, político e militar. A poluição de mais de 80% dos oceanos é de origem terrestre e antrópica, sendo o despejo de esgotos domésticos e de efluentes industriais uma pequena porção da interferência negativa que a ação humana causa aos mares, e danos ao ambiente marinho comprometem todos os seres vivos. Se ecologia e conservação não são razões suficientes para zelar e proteger ferrenhamente o mar, a enormidade de recursos que podem ser aproveitados pelo homem e os benefícios que o habitat em equilíbrio traz para o mesmo constituem motivos fortes o bastante para a atenção global ser voltada para a preservação marítima.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário